Um “bota fora” de 2012 e um olá pra 2013

2012 foi um ano muito forte.
Diz minha tia, que os astros, números e todo tipo de hecatombe dos zodíacos previa que 2012 seria um ano difícil pra maioria das pessoas. Eu não sei o que a maioria das pessoas pensa, mas pra mim, foi um ano absurdamente marcante e aqui nesse post promovo o meu “bota fora” pessoal, a lavagem de alma anual em que escrevo um pouco sobre o que se passou nesses 12 meses. Antes eu escrevia isso num diário, só que dessa vez, resolvi compartilhar com o mundo um pouquinho do que me aconteceu.
2012 começou cheio de promessas como todo ano qualquer. Eu estava tentando superar um amor não correspondido pelo cara mais ideal que já conheci nos meus 20 anos de vida. Você pode pensar que 20 anos não é tanto tempo assim e que não existe pessoa perfeita, mas pela primeira e única vez na minha vida, eu havia encontrado alguém com a qual gostaria de passar o resto dos meus dias, alguém pra acordar todos os dias ao meu lado. Como eu disse anteriormente, o amor não era recíproco e quando 2012 começou eu estava naquela fase de me conformar que nunca seria mais do que amiga e assim preservei apenas nossa amizade, que sobreviveu para minha alegria. No fundo eu sabia que não namoraria o meu cara ideal, mas pelo menos seria amiga dele. De algum modo, eu consegui que isso fosse possível porque quando se desiste de alguém é sinal de que outros novos aparecem no caminho. Os primeiros meses do ano foram uma loucura em que eu achava que não ia querer namorar nunca mais com ninguém. Todo aquele drama era potencializado pela minha falta de maturidade no campo dos relacionamentos e eu achava que fazendo o curso que eu fazia na UFPE, era muito mais vantagem não me comprometer com ninguém e apenas me divertir ocasionalmente.
Em fevereiro, comecei a ter as aulas na autoescola e pensei que em breve começaria a dirigir. Eu jamais esperaria que eu ia enrolar tanto pra fazer a prova teórica e então fazer as aulas práticas. Terminei então marcando minha prova prática no DETRAN pro dia 10 de janeiro de 2013, o dia em que meu processo de habilitação vence e só tenho essa chance de passar no teste. Se eu pudesse escolher algo que me fez muita diferença em ter frequentado a autoescola, esse algo seria o amigo que conheci por lá e hoje posso dizer sem dúvida que ganhar sua amizade foi um dos destaques de 2012.
Aí então vem o paragrafo do meu aniversário em abril. Quando eu completei 20 anos, a vida me presenteou com uma pessoa. Provavelmente a pessoa que mais mexeu comigo nesse ano, uma das minhas maiores alegrias e das maiores irritações, tudo em um único pacote. Pela primeira vez fui assistir um filme em 3D, Titanic voltou aos cinemas nessa versão e dessa vez não vi nem duas horas do filme. Eu nunca achei que a esquina da minha casa poderia ser um lugar tão especial até que essa pessoa me deixou lá e eu senti tanta alegria que eu não cabia em mim. Pela primeira vez fui a um espetáculo do Cirque du Soleil, uma noite tão mágica que lembrar dela ainda faz o meu coração bater mais rápido. Só que o encanto não durou tanto tempo e fingi que o errado era certo só pra não dizer adeus. Por mais que eu quisesse mascarar a infelicidade que eu sentia, meu corpo me mostrava no espelho o que estava acontecendo. Perdi 8 kg apenas porque não sentia vontade de comer, não sentia vontade de nada. No fundo, no fundo, eu só sabia que sentia vontade de mudar alguma coisa e quem mudou fui eu.
Não era apenas meu coração que andava inquieto e a procura de mudança. Minha vida acadêmica também me perturbava. Em 2012 eu me questionei mais de mil vezes e não sabia se estava no caminho certo. Não sabia mais se Engenharia Eletrônica era o que eu queria pra o meu futuro e com isso minhas notas despencaram até o ponto em que praticamente larguei tudo e reprovei quase tudo que eu paguei no quinto período. Desde 2011 eu me arrastava com essa dúvida e pra ser sincera só no fim de 2012, depois de muita reflexão, resolvi que vou levar meu curso até o fim, mesmo que seja complicado. Quando todos me perguntam qual é o meu sonho de vida, eu nunca digo que é me casar, ter filhos, ser rica e blá, blá, blá. Não que eu não queira essas coisas, mas meu sonho sempre foi ser independente. Ser dona de mim mesma e me bancar. Meu sonho é simplesmente sair de casa e me sustentar sozinha. Simples assim. E assim trabalho no meu objetivo.
2012 também foi o ano da greve nas universidades públicas. Passar 6 meses parada em casa foi de enlouquecer. E não, nunca cheguei a pensar que entraria em depressão por conta disso, porque sei lá por que razão, sempre fui uma criatura naturalmente alegre. Me agarrei com unhas e dentes nas vezes que saía de casa pra tentar ficar feliz e ativa, o que nessa época se reduzia a duas vezes por semana no máximo. Dito isso, sei que eu sobreviveria a um Big Brother Brasil facilmente se as pessoas não fossem tão fúteis ali. Eu ficava muito triste por não ter mais uma rotina e também não gostava de não ver gente diariamente. Se eu nasci com toda essa alegria, minha vontade é de espalhar ela pelo mundo todo. Ficar guardada em casa era, em poucas palavras, um saco. Como quase nada acontecia na minha vida nessa época, todo e qualquer acontecimento se tornava grande coisa. Tudo era potencializado e parecia melhor ou pior do que de fato era. Vai ver por isso emagreci todo aquele peso, pensei que as coisas nunca iam se ajeitar e que ia terminar sozinha trancada em casa.
Mas então acabou a greve, a mudança chegou, renovei meu guarda roupa pra se adaptar ao meu novo corpo e voltei a ver meus amigos. Ah, meus amigos… Em 2012 arrumei muitos novos amigos, amigos importantes que agora são fundamentais pra mim. Pessoas que considero muito. Já algumas se afastaram como é natural na vida. Uma amiga muito querida foi fazer intercâmbio e me deixou aqui sempre com saudade. O final de 2012 me trouxe toda uma nova perspectiva e antes mesmo do ano acabar, eu resolvi recomeçar. E tudo o que estava errado, está sendo consertado agora. Meu coração agora anda tranquilo e no final, fiquei alegre por manter uma amizade com a pessoa que fez de 2012 um ano marcante pra mim nesse sentido.
Senti que amadureci como mulher e também como ser humano depois das novas experiências que passei e agora me sinto muito mais preparada pro que a vida me oferecer em 2013. Ainda é difícil acreditar que o ano passado acabou e já estamos em janeiro, dado o peso que 2012 teve pra mim, pro meu crescimento pessoal, pras decisões que tomei sem medo de ser feliz para finalmente voltar a ser a pessoa feliz que sou. Não apenas aquela pessoa que é naturalmente alegre, mas que estava uma bagunça por dentro.
O ano novo me fez perceber que insistir vale a pena, mas só às vezes. No final, melhor é não esperar nada de ninguém e se alegrar com o que se recebe sem esperar nada em troca quando se dá. É filosofia barata todas essas frases, mas elas fizeram diferença no jeito que estou olhando a vida agora. Um olhar que reflete a alegria que gosto de transmitir. Você, caro amigo leitor, pode pensar que eu não me importo com mais nada e que essa não é a maneira certa de viver. Aí você erra, porque eu continuo me importando com tudo e com todos, mas na dose certa e na quantia que cada um merece. Também não dá pra mentir e fingir que não me importo, porque eu sei que me importo. E a vida e a cabeça humana, sobretudo a feminina, não são uma grande contradição?
2012 foi definitivamente um ano que nunca vou me esquecer e quando penso nele, sorrio ao lembrar como tudo que passou foi importante pra me tornar a pessoa que sou nesse começo de 2013. Sorrio ao lembrar de todas as pessoas que agora estão aqui no meu coração. Sorrio ao pensar que agora eu descobri que sei e gosto de dançar.
E é com esse meu sorriso nessa foto tirada na virada do ano, que me despeço de 2012 e dou não boas vindas, mas “ótimas vindas” pra 2013. É com alegria que depois de toda a hecatombe astrológica prevista pra o ano que passou, estou zerada pra um novo ano, pronta pra vivê-lo tranquilamente, de coração limpo e alma lavada.
Pronta pra tudo novo que 2013 puder me oferecer e que prometo cuidar com todo o carinho porque finalmente estou pronta pra o novo. Não que eu vá esquecer dos amigos “velhos” hein? Comigo você pode contar. Smiley piscando
Vamos comigo pra mais um ano no mundo hipotético? Smiley de boca aberta

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Aquele destaque pra qualidade baixa da imagem… É ano novo, minha gente! kkkkkk

4 comentários:

  1. Espero q como vc mesma diz aqui nesse post,vc tenha amadurecido como mulher,e como ser humano,mas ainda falta mais alguns,digamos,tons de maturidade...
    Não posso comentar muito sobre vc,até pq pouco a conheço,mas só posso dizer q já tivemos contato pessoalmente outrora,e como tu mesma declarou aqui,alguns se afastaram,o q realmente deveria ser algo 'natural' da vida,mas posso dizer q em alguns casos, não foi algo natural,mas sim provocado por suas atitudes,por infelizmente 'não considerares' como deverias alguns dos teus amigos...
    Alguns até tentaram se reaproximar,e aí vc vai se ligar quem está comentando aqui,mas vc agiu,digamos de uma forma muito,mas muito imatura,sabe?!Porém esse teu leitor gostaria muito de refazer nossa amizade!Se vc descobrir de quem se trata,e tiver a coragem e maturidade de procurar,estaremos a disposição,pq não iremos tomar o primeiro passo de novo pra não levar outro fora!!

    P.S.:Ainda coloco fé em vc,não nos decepcione novamente!

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    1. Caro anônimo, é complicado tentar desvendar quem você é apenas com esse texto.
      Só devo ser sincera e dizer que não vejo o porquê de me chamar de imatura por aqui em vez de ter uma conversa franca apenas entre nós e consertarmos minhas possíveis falhas.
      Mas eu estou a disposição caso queira conversar direito comigo.
      Um abraço.

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  2. Gatinha, relaxa. Essa "pessoa" se refera como "nós". Ou seja, é só trollagem. Eu tenho certeza que você tem consicência que é uma pessoa maravilhosa e que você vai continuar sendo essa pessoa bondosa que você é!

    Sinceros desejos de seu admirador secreto!

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    1. Oooown, obrigada querido admirador :)
      Mas nem precisa ser secreto, gostaria de agradecer a você pelas belas palavras e por vir em minha defesa ;)
      Um abraço!

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